domingo, 10 de outubro de 2010

O TRABALHO DE CAMPO E A ETNOGRAFIA





A antropologia, disciplina das ciências humanas, desenvolveu um método mais empírico e qualitativo voltado para as particularidades das sociedades e culturas investigadas, permitindo o progresso singular das áreas de conhecimento. Por outro lado, essa delimitação fez a própria Antropologia cair num reducionismo teórico.
O conhecimento antropológico sempre foi de ciência da alteridade, buscando investigar o “outro”, suas particularidades e diferenças.
A “observação participante” (método de pesquisa) que leva o antropólogo à análise das informações, desvendar os significados e a conviver com a realidade estudada.  Observar é uma estratégia que exige rigor e método.
O trabalho do pesquisador deve ser iniciado com a sua inserção no campo, tentando descobrir as inter-relações possíveis. Observação participante inclui o observar, escutar e escrever. O antropólogo deve procurar estabelecer critérios de observação. O registro sistemático das informações, pois irão sustentar a regularidade do fenômeno visto e sua singularidade.


SINCRONIA, DIACRONIA E HISTÓRIA

A sincronia foi uma grande crítica realizada pelos antropólogos estruturalistas, pois está implícito conceitos de primitivo, arcaico em diferentes sociedades. Aos poucos a antropologia procurava aproximar a análise sincrônica da abordagem histórica.
A diacronia sai da busca das origens e do futuro (como crêem historiadores e arqueólogos) e observa a questão da mudança e mobilidade de aspectos culturais. Por essa razão, o antropólogo deve se ater ao dados e alargar suas análises presente no objeto investigado.

sábado, 9 de outubro de 2010

CORRENTES ANTROPOLÓGICAS AO LONGO DA HISTORIA


O desenvolvimento e a expansão do capitalismo propiciaram o florescimento da Antropologia. Assim, as sociedades não-europeias eram vistas como sociedades de pesquisa por terem uma condição diferente da que era vivida nos países da Europa. A  primeira teoria antropológica, a EVOLUCIONISTA, observa que a humanidade seria composta de diversas espécies em diferentes etapas, cada sociedade estava inserida num continuo de escada (as mais atrasadas para as mais evoluídas em tecnologia.
O funcionalismo sucedeu ao evolucionismo como crítica ao seu EUROCENTRISMO e ETNOCENTRISMO. De acordo , cada sociedade constitui uma totalidade integrada e composta em si mesma, que tem a função de satisfazer as necessidades dos integrantes que a ela pertencem. Malinowski definiu FUNÇÃO como, A RESPOSTA DE UMA CULTURA A UMA NECESSIDADE BÁSICA DO HOMEM.
O ESTRUTURALISMO é outra  abordagem do conhecimento antropológico. Em sentido figurado e simples, a ESTRUTURALISMO explica que a cultura se assemelha aos elementos não-visiveis que sustentam a edificação e estabelecem as relações culturais que sustentam as partes que compõem cada cultura.
Os novos estudos científicos emergentes como a psicanálise, semiologia e o marxismo vão ser assimilados na teórica antropológica estruturalista. Lévi- Strauss observa que uma elaboração estrutural teórica é capaz de ver os sentidos dos dados empíricos de cada realidade investigada.
Já O INTERPRETATIVISMO, corrente bem atual, busca entender os significados das ações culturais como uma produção essencialmente simbólica. Para compreender o “simbólico” humano é necessário interpretar. Ou seja, o ser humano é um ser de linguagem a ser interpretada. Só podemos apreender o objeto de estudo pelo discurso e, portanto pela interpretação simbólica, sua decifração e formas de expressões no DITO e NÃO-DITO, NAS ENTRELINHAS.