quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

OFICIO DE RAPAZ

Os garotos de programa (termo generico) se configuram no mercado do sexo de forma visível e impar. Se formos fazer uma analise sem medo do que existe em torno deles, ai sim e é necessario desconstruir mitos e falácias os mesmos.
Os adolescentes e jovens prestadores de serviços sexuais são tão reais quanto as garotas de programa e compõem as nossas vidas cotidianamente. Recebem várias denominações: “boy”, “ garoto de programa”, "masssagista de sauna" e “michê” entre outras.
O interesse é destacar pontos sobre o mercado do sexo viril e as relações com as identidades construtivas e a (des)territorialidade do desejo no próprio espaço social e do corpo. E também desvincular o moralismo religiosos, o senso comum da midia e a visão vitimista dos discursos politicos para com a questão.
Desde a academia de musculação até as grifes de roupas masculinas, eles vão se elaborando na fantasia sexual para a vasta e especifica clientela que os procuram com seus serviços sexuais. Por outro lado, os jovens profissionais do sexo fazem uma mobilizadade social a partir das benesses, perpassam possibilidades de ter instabilidade econômica e acesso a bens culturais. Os mesmos têm desenvolvidos um mercado exclusivo dentro da onda do sex trade e dão contornos para se pensar questões entre sexualidade e a interação dos valores capitais, ou sejam inserem novos elementos dentro das reflexões de gênero, da identidade, práticas sexuais e outras.
A relação econômica dos jovens profissionais do sexo torna-se simétrica a atividade sexual? Não pode-se afirmar que em primeiro plano reside a necessidade financeira e que usa-se o sexo para garantir um rendimento honorário e ao mesmo tempo ter/dar um prazer efêmero. O financeiro se torna um elemento nos serviços sexuais, não é o principal ou o mais importante. Nosso olhar se condicionou a enxergar a questão assim e deve-se desconstruir o adestramento dos valores acerca dos profissionais do sexo.
Dependendo do prestador de serviço, o local e o que vai acontecer o preço vai variar.DAi, a necessidade de relativizar a questão como algo puramente economico.É incerto e improvável entre quem faz e que procura. Existe internamente na prostituição viril, as situações entre os garotos de programa e clientes com outros intercambios que mancham a fronteira: dinheiro e prazer.
Há quem oferece serviços por telefone, coloca-se o número nos jornais e pronto.Ou internet com blogs, sites de relacionamentos e outros. Se dizem “universitários” “rapazes fino trato” e outros adjetivos que moldam-os até as partes intimas com polegadas para as fantasias desejadas. Já os “massagistas” de saunas aparecem são jovens autônomos, e que a noite prestam serviços com massagens. Por fim, há aqueles que vão para rua e em algum bar. Esse grupo seria os despossuídos por estarem contando com todos os clientes e ficarem a mercê dos riscos que a noite oferece. Acredito que são os mais estigmatizados, pois eventualmente, um marginal se passa por garoto de programa e rouba ou comete violência com os clientes. Como já mencionei, isso não quer dizer que são categorias estanques. Alguns elevam na hierarquia e tem ascensão para o topo dessa pirâmide de mercado.
Então, qual o seu oficio rapaz?