sábado, 18 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
O arapuca que desbundou no vivace
No final de 1965, surge o bar Arapuca, que se constitui um marco na história da capital potyguar. No recinto do arapuca reuniam-se gente dos diversos segmentos da sociedade para se encontrar e conversar. Embora a predominancia fosse de intelectuais e artistas.
O Arapuca funcionava no bairro do Alecrim. Havia dois outros bares digamos "underground": Pé de Mocó e Brizza Del Maré. Eram Bares populares palafitas no Potengi, na rua Ocidental de Baixo, perto do Paço da Pátria. O Brizza Del Maré tinha uma clientela mais selecionada, aberto para homens e mulheres, sendo o Pé de Mocó uma bar de freqüência por populares, embora essa separação não fosse tão rígida.
De fato podemos observar que os ambientes para a vivência e expressão dos incomformnismo social em Natal perpassam outros aspectos além da cena noturna. Como uma cidade de belas praias e com uma rede de serviços urbanos atuais, a mesma contém uma organização de sindicatos e grupos politizados.
Enquanto isso no âmbito internacional os anos sessenta será um marco referencial para unir os agrupamentos de mulheres, estudantes, homossexuais, negros e outros grupos que se considerassem minoritaios.
A década de sessenta registra grandes mudanças políticas e culturais na sociedade Ocidental. Acontecimentos como a rebelião do Bar Stonewall, em New York, a primavera de Praga e, em Paris, as manifestações estudantis são fatos históricos e políticos até hoje lembrados. O movimento Hippie e seu ideário político da paz e do “amor livre” espalham-se pelo mundo. Vamos perceber nesse movimento a buscada utopia da emancipação dos paradigmas moralistas. O cenário mundial se preparava para o surgimento do movimento político dos direitos politicos das minorias.
Na década de setenta surgem às discotecas. Elas tornaram-se espaço para a sociabilidade noturna e também para a contestação da ditadura militar instalada no Brasil como também a vivência da contracultura da época. De certa forma, a discoteca simbolizou um efeito de moda na época e que o ambiente agregou sa interação entre alienados e os politizados da época. Toda discoteca dos anos 70 que se preza tenta atrair também uma cliente ampla e clima ambíguo, no qual todos os gostos se misturam.
Já em Natal, os ambientes com a freqüência dos que constestam os valores genericos tornaram-se visíveis e tolerados pelos chefes das instituições morais, cada vez mais próximos do centro da cidade e sendo um espaço de atitude de contracultura da sociedade acerca do mesmo. Começam a ser exercida uma tolerância maior para a expressão do desejo do incomformismo social e provincianismo. O top top, situado na av. Rio Branco, próximo ao grande ponto; O saci, nas proximidades da igreja do Rosário; e o Bar do Neto, na Alexandrino de Alencar, no Alecrim.
Nesse período o termo “desbunde” torna-se uma expressão comum a todos. Seria uma espécie de liberação não vinculada com a esquerda e neem com a direita. Para isso, a liberação individual seria muito mais além do que um compromisso político. È possível detectar esse fenômeno nas áreas da música e do teatro no Brasil. No plano musical temos as expressões e atitudes assumidas em palco por Caetano Veloso e Ney Matogrosso e o grupo secos e molhados. Esse último aparece vestido com roupas andróginas, todo pintado e cheio de requebros, chegando a tornar-se um fenômeno midiático pelas letras de suas músicas e atitudes. No palco brasileiro, surge o grupo Dzi Croquete que procurou pelas suas performances questionar também como os cantores os padrões de gênero masculino e feminino. Homens faziam apresentações debochadas e ambíguas, vestidos com roupas de mulheres e cílios postiços, com meias de futebol e sapatos de salto alto. A atuação do grupo provocou o debate sobre a moral sexual entre as pessoas.
Outra experiência próxima a Natal vai surgir em Recife. Entre 1978 e 1981, a capital pernambucana tem em uma área de mangue a formação do Vivencial Diversones. Trata-se de um grupo formado por favelados, travestis e pobres que procuravam unir a marginalidade, os paradoxos de generos e a experiência de pobreza no palco. Vivencial Divesones tornou-se um sucesso de público por ridiculariza os elementos citados com seus atores e atrizes.
Em Natal ocorre a instalação de um grupo performático o vivace. O espaço foi inaugurado em março de 1981 e situava-se na rua Joaquim Lourival. Era uma casa de show e bar. Seus espetáculos baseavam-se em dublagem de transformistas, pequenos esquetes, que ora ridicularizavam os estereótipos sociais, ora faziam apologia ao relacionamento aberto, poesias porcesso, pequenos textos que ressaltavam os problemas vivenciados pelos cidadão comum: a solidão, as dificuldades financeiras, os laços afetivos com pessoas de segmentos diferentes da sociedade, a repressão moral e politica.
A pequena trajetória apresentada quer ser um retrato da história local acerca do assunto.Quem diria que há um fio condutor do arapuca ao vivace e que hoje está presente em ambientes alternativos ao da rota do turismo. Acreditamos que as pessoas da cidade são mais interessantes do que os cenários. Já quizeram transformar Natal numa Miami, depois em Disneylandia e agora em Las vegas tropical...
O Arapuca funcionava no bairro do Alecrim. Havia dois outros bares digamos "underground": Pé de Mocó e Brizza Del Maré. Eram Bares populares palafitas no Potengi, na rua Ocidental de Baixo, perto do Paço da Pátria. O Brizza Del Maré tinha uma clientela mais selecionada, aberto para homens e mulheres, sendo o Pé de Mocó uma bar de freqüência por populares, embora essa separação não fosse tão rígida.
De fato podemos observar que os ambientes para a vivência e expressão dos incomformnismo social em Natal perpassam outros aspectos além da cena noturna. Como uma cidade de belas praias e com uma rede de serviços urbanos atuais, a mesma contém uma organização de sindicatos e grupos politizados.
Enquanto isso no âmbito internacional os anos sessenta será um marco referencial para unir os agrupamentos de mulheres, estudantes, homossexuais, negros e outros grupos que se considerassem minoritaios.
A década de sessenta registra grandes mudanças políticas e culturais na sociedade Ocidental. Acontecimentos como a rebelião do Bar Stonewall, em New York, a primavera de Praga e, em Paris, as manifestações estudantis são fatos históricos e políticos até hoje lembrados. O movimento Hippie e seu ideário político da paz e do “amor livre” espalham-se pelo mundo. Vamos perceber nesse movimento a buscada utopia da emancipação dos paradigmas moralistas. O cenário mundial se preparava para o surgimento do movimento político dos direitos politicos das minorias.
Na década de setenta surgem às discotecas. Elas tornaram-se espaço para a sociabilidade noturna e também para a contestação da ditadura militar instalada no Brasil como também a vivência da contracultura da época. De certa forma, a discoteca simbolizou um efeito de moda na época e que o ambiente agregou sa interação entre alienados e os politizados da época. Toda discoteca dos anos 70 que se preza tenta atrair também uma cliente ampla e clima ambíguo, no qual todos os gostos se misturam.
Já em Natal, os ambientes com a freqüência dos que constestam os valores genericos tornaram-se visíveis e tolerados pelos chefes das instituições morais, cada vez mais próximos do centro da cidade e sendo um espaço de atitude de contracultura da sociedade acerca do mesmo. Começam a ser exercida uma tolerância maior para a expressão do desejo do incomformismo social e provincianismo. O top top, situado na av. Rio Branco, próximo ao grande ponto; O saci, nas proximidades da igreja do Rosário; e o Bar do Neto, na Alexandrino de Alencar, no Alecrim.
Nesse período o termo “desbunde” torna-se uma expressão comum a todos. Seria uma espécie de liberação não vinculada com a esquerda e neem com a direita. Para isso, a liberação individual seria muito mais além do que um compromisso político. È possível detectar esse fenômeno nas áreas da música e do teatro no Brasil. No plano musical temos as expressões e atitudes assumidas em palco por Caetano Veloso e Ney Matogrosso e o grupo secos e molhados. Esse último aparece vestido com roupas andróginas, todo pintado e cheio de requebros, chegando a tornar-se um fenômeno midiático pelas letras de suas músicas e atitudes. No palco brasileiro, surge o grupo Dzi Croquete que procurou pelas suas performances questionar também como os cantores os padrões de gênero masculino e feminino. Homens faziam apresentações debochadas e ambíguas, vestidos com roupas de mulheres e cílios postiços, com meias de futebol e sapatos de salto alto. A atuação do grupo provocou o debate sobre a moral sexual entre as pessoas.
Outra experiência próxima a Natal vai surgir em Recife. Entre 1978 e 1981, a capital pernambucana tem em uma área de mangue a formação do Vivencial Diversones. Trata-se de um grupo formado por favelados, travestis e pobres que procuravam unir a marginalidade, os paradoxos de generos e a experiência de pobreza no palco. Vivencial Divesones tornou-se um sucesso de público por ridiculariza os elementos citados com seus atores e atrizes.
Em Natal ocorre a instalação de um grupo performático o vivace. O espaço foi inaugurado em março de 1981 e situava-se na rua Joaquim Lourival. Era uma casa de show e bar. Seus espetáculos baseavam-se em dublagem de transformistas, pequenos esquetes, que ora ridicularizavam os estereótipos sociais, ora faziam apologia ao relacionamento aberto, poesias porcesso, pequenos textos que ressaltavam os problemas vivenciados pelos cidadão comum: a solidão, as dificuldades financeiras, os laços afetivos com pessoas de segmentos diferentes da sociedade, a repressão moral e politica.
A pequena trajetória apresentada quer ser um retrato da história local acerca do assunto.Quem diria que há um fio condutor do arapuca ao vivace e que hoje está presente em ambientes alternativos ao da rota do turismo. Acreditamos que as pessoas da cidade são mais interessantes do que os cenários. Já quizeram transformar Natal numa Miami, depois em Disneylandia e agora em Las vegas tropical...
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