As asas em exercício de vôo entre o solo ou o céu, se alternavam uma para o verso e a outra em espera de uma resposta em outra. Os Zumbidos incertos delas mais para fora do que se tem dentro, acalentava o anjo-pássaro em exercício. Não era anjo de procissão e nem o pássaro, um feroz desenho na farda de soldado. Na hora se fala as razões das asas abertas, meras desculpas... Contive por alguns segundos os sentimentos que possuía ao ouvir quase nada, mas calei-me. Dois silêncios diferentes e juntos. Quem presenciou a ena ficou com a vaga sensação de que ambos os passados ainda residem nesse instante. O Vazio na voz fez-se gesto sem culpa e fato verdadeiro. Sou ave rara e me desprendo pequenas palavras da gaiola prateada. Pássaro se possui um ninho e que se revela surdo naquele espaço que também desapareciam. Se eles nem se ouvem conseqüentemente não cantam de felicidade ao escutar outro som. Assum Preto, Carcará, Asa Branca. Téteu...
A sedução involuntária amarra em laços de eletividades de ambos nos galhos e nas redes. Há momentos que sei como transmitir, expressar, dizer o que sinto... desdobro com palavras na tentativa de convencer que se tem um sentimento puro enquanto arranca-se as emoções. Nessa história, anda-se sem perceber o piso das calçadas. Um afago talvez em forma de conversa possa aliviar dores peitorais de tanto bater já tem receio de ser mal compreendido. Até entendo a distancia dos sentimentos que há e dos que não estão vivos.
As tripas se faz coração de beija-flor mais uma vez. Desfaço-me em disfaces. Fardo que carrego comigo agora são sentimentos, comidas de passarinhos. Estão colocados em argamassa, entre tijolo em cima de tijolo para levantar-se o muro. Os braços devem descansar pois teceram poeiras, os olhos devem dormir: a beleza se ausentou. Recolha toda a papelada dos rascunhos de tudo aquilo que se produziu na ditadura do silêncio de arapuca.