NATUREZA MORTA
O palito de fosforo aceso.
O ovo frito no prato,
O cubinho de gelo na bandeja.
A bicicleta em baixo da janela.
A porta entre aberta para respirar a cidade.
O sino da torre escorre as horas.
Quando os pássaros festejam,
A chuva chorona a silenciar.
A árvore seca e suas poucas folhas a copa.
Os pingos torturam a terra
Até encharcar o chão.
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