domingo, 23 de novembro de 2014

Ano manga

Furtei do quintal o cheiro de manga.
O paladar abria a tentação naquele momento.
Pulei o muro alto,
Na volta arranhei os braços.
Mãos cheias e quentes
Não me arrependo.
Me farto quando o tempo urge,
Agora, já estou pertinho do caroço,
Ficam só os fiapos entre os dentes,
Faço novamente, o doce crime de janeiro
Mordo no ano vindouro.

Sarau de Novembro


sábado, 8 de novembro de 2014

Outras mulheres.

Nem tanto Dalila,
Oxalá uma Medusa.
Algumas vezes lavo o cabelo.

Se acham que sou meio Cleópata,
Imito Salomé.
Ao certo sou Concubina.

Me torno outras mulheres,
para ser um homem verdadeiro.