POEMA DE FÁTIMA
A mendiga cata porcarias.
Anda pelas ruas e becos,
vasculha amontoados,
trilha as calçadas e seus esgotos.
Na pracinha dos alternativos,
dança ao som do grafith
veste-se de trapos pretos.
Pede trocado um,
Esmola aos passantes.
Vai para rodoviária,
fala dos filhos e das feridas,
chora como Madalena arrependida.
Aos mototaxis mostra os peitos.
Grita; oh ! Situação !
Para o povo.
A mendiga quer coloca Macaiba.
Dentro da vagina.
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