Macaíba, seus galhos dão sombra
Que descansam debaixo um ventre assassino
Numa gestação silenciosa e lenta.
Árvore gravida das mortes.
Só caem frutos nas ruas
De pedradas ou tiros.
O rei fará uma coroa
De espinhos que se encontram
por todo corpo
E vai colocar em cada um morador.
Do caroço dessa planta
é feito nosso caixão
enterrado em qualquer canto
Onde um dia de primavera
bortaremos diferente.
( Para Magno Márcio )
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