Alguns pais são preocupadas com os filhos que querem fazer uma tatuagem. É claro que isso tem uma razão, o medo de sofrerem preconceitos no meio social. Não serem aceitos em empregos e serem discriminados em escola e estabelecimentos.
Ouvindo a música tatuagem ( Chico Buarque ) nesse domingo, lembrei-me de Odimar. Motorista que tinha uma no braço. Quando ele voltava de São Paulo e trazia de presente sempre algo...patins e esqueites ( SKATE) para nós, falava da visita a casa que fez em Tia Lourdinha. O máximo foi quando trouxe a televisão em colores. Ou quando ele levava a gente para ir comemorar o são joão ou o carnaval em Apodi. Certa vez, ele se vestiu de mulher para "brincar" o carnaval. Dos banhos na lagoa ou quando íamos para a praia de Tibau no domingo. Enchia a geladeira de refrigerantes e só podia beber no almoço de domingo. Doces lembranças que vão se somando a outras. No dia de natal, colocava a turma toda na boleia e dava uma volta pelas ruas iluminadas da cidade. A meninada gritando e cantando. Recordei que ele comprava tradicionalmente no final do ano um disco de Roberto Carlos. Maravilhoso. Parava nas bancas de camelôs no mercado e comprava nossos presentes. As lembranças dele e os lances que revelavam sua tatuagem mostram que houve afeto e por tudo o que vivemos como filho e pai foi importante. Hoje, esse vontade de viver tenha a herança dele.
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