segunda-feira, 21 de setembro de 2009

REVERBERAÇÕES

Não sei por qual motivo, mas tive a vontade de escrever. Já fazia tempo que isso não acontecia,a semana teve isso, um instálo em poucos instantes enquanto assistia ao filme: Jornada da Alma e as cenas em que vi a personagem Sabina escrevendo seu diário e também Jung em suas cartas para Freud, me tocaram e relembraram o velho e bom costume que tinha esquecido.
Do mesmo modo memorável e desprecupado que me chegou as mãos o livro de Nietzsche: “Assim falou Zaratrusta” , folheando e lendo passagens a esmo, lembrei-me dos momentos que escrevia poemas soltos...o certo é que a semana foi amolecendo o coração que do peito migrou para as mãos e os dedos escorrem os sentimentos e as palavras se forma em existencia.
Ou ontem e hoje, estou num estado pensativo. Um tanto triste, talvez reflexivo, se é que tristeza nos faz pensar em algo. Possivelmente sensível e até com vontade de chorar...os motivos não sei ao certo, só somatizo que tenho isso. Razões sentimentais, não necessariamente nessa ordem.
Estou tentando descrever imprecisos sentimentos que me acompanham há dias e quiça semanas. Busco cristaliza-lo nas palavras, pela palavra liberta-los, mas eles me invadem sem pedir licença, se é que algo pede educadamente a permissão para entrar ou temos o poder de selecionar a que queremos sentir. Desejo se escreve, já sentimentos formam-se e se estruturam. Quero separá-lo da minha existencia e ficar observando-os a uma mínima distancia e na sutileza de olha-los como o fazem os cientistas com seus objetos, adora-los. Então isso já foram palavras e tempo suficientes para demonstrar que o assunto é sério, e ao mesmo tempo sentimental. E é assim, devagarzinho e com astúcia que vou até o ultimo momento em que sou abandonado pelos sentimentos.

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