sábado, 27 de outubro de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
A morte e Macaíba
A morte se
associa a decomposição das coisas vivas. Decrepitude. Não é à toa que o mangue possui a além
da função de "berçário marinho", também a de compor tudo em suas
águas salobras. Coincidência: morte e vida num mesmo lugar.
Macaíba é cidade mangue, onde nascer e morrer se confunde a todo instante. O que é sinal de vida é sina da morte ?
Macaíba é cidade mangue, onde nascer e morrer se confunde a todo instante. O que é sinal de vida é sina da morte ?
O espírito da morte observa a cidade, paira sobre ela em busca de manjedoura feito anjo vestido com mortália negras. Ronda as ruas. Não encontra nada que tivesse visto diferente em outro lugar. Mas, sente algo familiar quiça aconchegante nos olhos dos seus moradores.
Uma ilustre e letrada moradora se faz poeta, inspirada na morte. Ela está grávida da morte e escreve versos como evocação a morte. A moça apaixonada pelo mistério último que é morrer se deixa levar pela dor da doença. Mordendo as asas frias da morte se vai no fluxo da maré.
Um casal rico e comum a qualquer
outro se desfaz. Na viuvez, a senhora Machado é desposada novamente pela morte.
Agora, a morte se tornou seu companheiro para toda a vida. Qualquer morador
sabe que ela ceifa inocentes e se torna uma doama da morte em Macaíba. O ciclo
de vida e morte ou morte e vida está em suas mãos a beira do mangue. Na mão da
viúva Machado associa-se os lados extremos da existência humana. Essa senhora
não se foi como morte, se casou e ao mesmo tempo se tornou viúva.
domingo, 17 de junho de 2012
ILHA DO MEIO-DIA
Já
passam das dozes horas
Flutuam
restos do almoço:
pratos,
talheres e o sujo copo.
No
fundo da panela um pouco de arroz e ossos.
O
vento inaugura a tarde
Pela
Janela, se espalham a luz clara e indivisa
A
paisagem me isola feito naufrago na casa.
segunda-feira, 26 de março de 2012
artes pelo chão, pelas parede ou muro
quarta-feira, 14 de março de 2012
Jornada
Sol
nasce e em casa, passos cambaleando.
O
dia já é realidade
Desperto
os sentidos reavivados.
Café,
notícias no rádio.
Hoje,
eu consiguo:
Conquistar
o infinito.
Sobe
o dia,
Vem a noite.
Passos
largos para sair do trabalho.
Janto
sopa e repouso.
Não
se dou por vencido.
Amanhã
serei vitorioso.
TOMO
Os
livros têm perfumes
Idéias
em palavras com as quais respiro
As
páginas viradas.
Mudo
a vida,
Transformo
as atitudes.
Vejo
com outros sentidos.
Quer
seja no aroma de Nietzsche;
Clarice
ou Zila.
Existir
é um livro aberto
Lido ou escrito sem um final certo.
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