quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DEUSAS ALÉIAS

Para Naida, Marta, Nadja e Magna

Fim da tarde.
Já brilha a estrela d’alva.
Luzes nos postes acendem a cidade
Um vazio em quatro partes.


A ausência do riso de Marta.
Parece faltar terra, água, fogo e ar.
Ela saber ser e estar
Com arte e graça.

E me vem outra falta:
Ela realça as cores e o existir.
Estou invocando a presença de Nadja
Com o jeito gostoso de ser escandalosa,
Quero ver ninguém não rir
Nas conversas e nas prosas.

Uma outra, um pouco rainha e sacerdotiza.
Sabe de remédios e doutrinas,
Uma mão aberta e caridosa
vem vindo pela ausência, é Magna.

Já Naida, diria ser misteriosa.
Olhos silenciosamente azuis.
É guerreira valente e audaciosa.


É fim de tarde,
quatro gerações se entre olham
No mesmo sangue
Nas mesmas histórias.
Fiam juntas,
Tecem vidas
E Cortam destinos.