domingo, 16 de outubro de 2011

As árvores sagradas da cidade


Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas, 
Vencedoras da idade e das procelas...
( Olavo Bilac)





Árvores! 
Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa! 

( Florbela Espanca)





Por estranho que seja, por familiar que pareça...
as árvores nunca escondem encantamento.





Cada árvore é um ser para ser em nós

Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada


À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses



António Ramos Rosa

Um comentário:

EDSON disse...

pode usar sim . aDOREI SEU PROJETO