domingo, 6 de novembro de 2011

A poesia nas portas





 

A PORTA ( Vinicius de Moraes)


Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Para passar o capitão.



Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.




      


 

Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!




5 comentários:

Anônimo disse...

Essa canção, lembro bem, tinha no disco A Arca de Nóe.. e eu ouvi mto quando era criança.. Depois comprei também pra Davi, mas parece (disso não lembro agora) retiraram algumas canções...

lindas as fotos.

amo as portas que abrem a metade... acho-as lindas.. dá pra ficar encostada na janela vendo as pessoas passearem pelas ruas...

Chico sales disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Anjos disse...

Bom saber que existe um blog digno de blog, aqui em macaíba, parabéns pelo blog! acho um ótimo trabalho o que você escreve.


http://www.garotoidentidade.com

Chico sales disse...

a cena: pessoa encostada na porta entre aberta, a olhar para o infinito...

mr .. disse...

Entre as portas de blake entro todos os dias sem saber, se o que tem depois das portas.a verdade cai a tona, ou se tudo pareçe infinito como as coisas sao...