" A Ciência não corresponde a um mundo a descrever. Ela corresponde a um mundo a construir."
( Bachelard)
Etnografia e Antropologia se misturam como se fossem a mesma coisa, embora sabe-se que já havia a escrita etnográfica antes da consolidação da disciplina Antropologia enquanto saber de corpo teórico e metodológico.
A partir da observaçao participante se pode ir produzindo a etnografia, que é uma descrição empírica feita pelo pesquisador quando vai a campo e registra todos os acontecimentos por ele vivido. Em seguida todo o trabalho de campo torna-se como legítimo de sua apreensão acerca da realidade observada, mesmo quando se expõe as impressões e as análises da investigação de forma subjetiva. Muito se escreveu ao longo dos anos de como fazer uma etnografia e sobre a própria para se ter como técnica antropológica na pesquisa que corresponde a uma análise qualitativa dos dados. Assim, ao longo da consolidação da disciplina a realização da etnografia foi se tornando imprescindivel para a Antropologia que lhe foi sendo associado conceitos e teorias.
Na atualidade podemos observar que o próprio uso da etnografia deixou de ser "propriedade" da Antropologia e que cada vez mais outras disciplinas começaram a utilizá-la para a coleta de dados e consequentemente para as fundamentações teóricas e metodólogicas. O uso dos dados coletados nela teve também como fim passar os crivos acadêmicos e universitários, é provável que o rigor metodológico no fazer a etnografico possa ser observado a partir de alguns etnógrafos como o caso de FRANZ BOAS, RADCLIFFE -BROWN, GEERTZ E MALINOWSVKI.
Particularmente vamos análise a questão em Geertz. Nele, a etnografia caracteriza-se por um registro da presença de siginificados que retratam os conteúdos simbólicos das ações humanas, tornando a descrição com uma "densidade semântica", compondo a mesma por uma variedade de comunicações simbólicas, buscando expressar nas ações dos individuos o sentido daquilo que está sendo feito, permitindo a canalização entre ação e pensamento( a apreensão do significado).
A intenção de Geertz ao classificá-la como "densa" está na noção de ver cada cultura descrita como singular e histórica. Escrever densamente é uma tentativa de alcançar a totalidade possivel de ser captada por meio da percepção dos significados mais importantes e preponderantes na manifestação cultural presenciada pelo antropólogo. Descrever nesse caso, tem-se a condição de objetivar a ordenação de elementos culturais observados nas teias entrelaçadas a compôr o cultural. É muito importante lembrar que o pensamento interpretativista chama a questão de uma possibilidade de análise incompleta do antropólogo ao fazer a etnografia.
A partir disso poderia também classificar a densidade de superficial, sem profundidade na investigação. As etnografias seriam criações de antropólogos que observam e depois interpretam para em seguida produzirem um texto. Porém, Geertz admite o exercício etnográfico como hermenêutica, onde se evidência a ideia de como uma sociedade é similiar um texto a ser lido. Uma interpretação de quem escreve o que ver o outro interpretar o que faz.
Portanto, na etnografia densa, a hermenêutica procura entender as sublinhas, os "maus" entendidos na compreensão a absorver o texto, obscuro, elucidar os traços individuais do próprio etnografo e o seu contexto histórico que fora vivido. Quem interpreta o que ? E os fatos interpretado numa relação mútua? Eis então a importância de fazer etnografia e alimentar a própria Antropologia e também ver a Antropologia cientifica com aspectos morais e cientificos. Essa etnografia reflete sobre a autoridade do texto produzido, busca uma diálogo entre pesquisador e pesquisado entre os pontos de vista de cada um.
A partir disso poderia também classificar a densidade de superficial, sem profundidade na investigação. As etnografias seriam criações de antropólogos que observam e depois interpretam para em seguida produzirem um texto. Porém, Geertz admite o exercício etnográfico como hermenêutica, onde se evidência a ideia de como uma sociedade é similiar um texto a ser lido. Uma interpretação de quem escreve o que ver o outro interpretar o que faz.
Portanto, na etnografia densa, a hermenêutica procura entender as sublinhas, os "maus" entendidos na compreensão a absorver o texto, obscuro, elucidar os traços individuais do próprio etnografo e o seu contexto histórico que fora vivido. Quem interpreta o que ? E os fatos interpretado numa relação mútua? Eis então a importância de fazer etnografia e alimentar a própria Antropologia e também ver a Antropologia cientifica com aspectos morais e cientificos. Essa etnografia reflete sobre a autoridade do texto produzido, busca uma diálogo entre pesquisador e pesquisado entre os pontos de vista de cada um.
2 comentários:
Olá professor, bem eu dei uma olhada no texto "ANTROPOLOGIA E ETNOGRAFIA" e notei uns erros em algumas palavras como coleta, que lá no texto estava a palavra colteta acho que isso foi um erro de
Antropologia é a ciência que tem como objeto o estudo homem e a humanidade de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões.
Etnografia é por excelência o método utilizado pela antropologia na recolha de dados. Baseia-se no contato inter-subjetivo entre o antropólogo e o seu objeto, seja ele uma tribo indígena ou qualquer outro grupo social sob qual o recorte analítico seja feito.
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