terça-feira, 27 de julho de 2021

As Explicações da relação da CULTURA e da NATUREZA


  


          O ser humano não traz, ao nascer, uma determinação natural do comportamento. A conduta  do mesmo é feita numa relação dinâmica com a natureza, onde se aprende a lidar com ela, e assim elaborar  um sistema humano de linguagem que lhe permite se situar em relação à natureza. Neste sentido, o ser humano é inacabado(BERGER:1985), precisando da Cultura para poder se relacionar com o meio. A cultura torna-se esse viés pelo qual se percebe diferente dela e busca o controle da natureza, ao mesmo tempo em que se sente parte dela e vive um processo de constante reelaboração dos significados do meio social.
É na condição de ser transformador das leis “naturais” e modificador do meio que as necessidades também geram um ato de organizar simbolicamente a vida e se tornar refém da condição simbólica.(GEERTZ:1989) Nesse ato organizado e instaurado do social já podemos considerá-lo como um ser tecnológico, capaz de aprimorar seus utensílios e suas formas de socialização. Malinowski viria acrescentar ser necessário seguir uma análise dessa transformação pelas chamadas “necessidades naturais” do ser humano para o modo com ele põe para funcionar a cultura.
Por outro lado, poderíamos afirmar como capacidade exclusivamente humana: a linguagem e a ação por “liberdade”. Esses dois pontos são importantes para compreendermos a Cultura é um conceito construído em oposição à natureza. Porém, buscamos aprofundar essa questão com referências mais atenuantes no universo dos significados. O antropólogo estruturalista Levi-Strauss colabora com essa análise acerca do tema: Natureza e Cultura, refere-se a “lei do incesto”( LEVI-STRAUSS: 1982) que surge no momento em que os humanos faz a passagem do estado de natureza à cultura. Os animais desconhecem tal ordem em seus sistemas. Outros elementos colocados pelo antropólogo está na ordem do cru e do cozido e da domesticação do fogo. A capacidade de preparar seus alimentos pelo cozimento é singular no universo humano. Desta maneira, viriam outras questões ligadas à morte, ao ritual de sepultamento e à sexualidade. A lei na ordem da cultura é a constatação que os humanos são capazes de criar uma existência que não é apenas natural, é uma ordem simbólica.
Assim, não houve um estado de evolução biológica no ser humano para depois ocorrer o aparecimento da cultura. Ambos acontecerem simultaneamente e intrinsecamente na formação do homem. O ser humano em seu processo particular de socialização vai desde cedo, nas diversas culturas, a incorporar os símbolos que lhe prescrevem o viver em sociedade. Desta forma, ser membro de uma determinada sociedade é se naturalizar como social, fazendo-se um objeto por completo do seu caráter construtor pelo tempo e espaço.

7 comentários:

Júliα disse...

Parabéns, pelo blog, o mesmo me ajudou muito com uma pesquisa que eu tenho pra fazer sobre a relação entre cultura e natureza, pesquisa esta da disciplina de introdução ao pensamento antropológico do curso de serviço social. Fico extretamente grata pela ajuda. Desejo sucesso.

carolayne disse...

oi costinha amei seu blog e sobre o que ele fala da antropologia!by:jessica carolayne do jelm turma do 1ano

carolayne disse...
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carolayne disse...
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Eu sei o que eu disse !!!!! disse...

Parabéns pelo blog vc me ajudou muito,muito obrigada!

Unknown disse...

Obrigada me ajudou muito na minha matéria de Antropologia, em Direito

Maria disse...

Estou cursando Pedagogia e esse texto esclareceu com clareza algumas dúvidas que tive em relação à esse capítulo. Esse blog é showww, obrigado!