Sábado, finalzinho de tarde em Macaíba. Um pouco tranquila e quente. Parece possuir algo de particular para quem gosta daqui e para quem não: nada demais. Motocicletas e carros buzinam enquanto pedestres escorregam pelas ruas em direção as calçadas; as pessoas entram e saem das lojas num frenesi menor do que foi a manhã; jovens conversam em grupos; risos e olhares se entrecortam. Carrinhos de cachorros-quentes, batata frita e outras iguarias começam a funcionar ativamente exalando cheiros. Donas de casa carregam entre os dedos gordos as sacolas, caminham e conversam também animadas. Tudo rotina, mas não é monotonia. Ônibus levam passageiros para Natal, a noite ainda nem começou. Na Capital vai ter festas animadas, aqui também. Em ruas simpáticas há cadeiras espalhadas nas calçadas. Uma ou outra árvore com sombra e sossego, ainda se ver crianças a brincarem. Homens com bebês nos braços tornam-se suntuosos; há taxistas comentando o resultado do futebol. Moças se encontram e se abraçam e conversam enquanto ajeitam os cabelos. Um grupo prepara a igreja para um casamento, a ornamentação está cheias de flores. Por uma rua transversal passa um carro de som anunciando logo mais a festa. As luzes dos postes já estão acessas. O fim da tarde de sábado em Macaíba é misterioso por parecer simples, um pouco nostálgicos nesses dias antes do verão; por parecer uma transição. Um bêbado mal se lembra que é Sábado e que a vida segue infinita nessa parte do Brasil.
3 comentários:
Adorei esse texto sobre a tarde de sábado em Macaíba! Parabéns!!!
Costinha tá todo Drummond. Faltou só o "Eta vida besta, meu Deus."
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