A mãe olha a filha com reprovação, solta o ar e responde:
-Não, não e não ! chega menina! Você tem cada mania...Vive pelos cantos da casa com eles, andando para lá e para cá. Abraçado com eles, alisando com carinho.Outro dia deixou de fazer as tarefas escolares por causa de quem ? deles!!! Foi aquela confusão na hora de ir para escola. E ainda tem mais...deu para falar com eles. Imagine! Como se fossem gente de verdade. Vai terminar maluca, menina. Certa vez esqueceu que estava com um deles e adormeceu na rede, e eu tive que tirá-lo dos seus braços para não lhe prejudicar. Já imaginou se os dois tivessem dormidos juntos e quando acordessem? voce teria acabado com ele. E agora quer que eu compre só mais um para você aqui na loja...Nada isso, nenhum centavou vai ser gastado para ter mais trabalho em casa.VOu até desfazer dos que tem em casa. Pensa que os espirros que deu não são por causa deles, pode ser uma alérgia. Eu vi quando estava sentada no chão da sala cheirando cada um. A mãe olha fixamente para a menina e diz: Filhinha...Vá fazer outra coisa: Brincar com as amigas, ver televisão, andar de bicicleta na rua...Você só tem 12 anos. Isso é um pavor para mim. Quando eu tinha a sua idade vivia arrumada, feliz sem ter nenhum deles e veja quem eu sou hoje.Por isso pare com a mania de toda vez que gente sair voce querer que se compre mais um livro.
Depois de ouvir as palavras da mãe, a menininha volta calada para a estante da livraria e deixa: as reinações de narizinho.
sábado, 1 de maio de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
A Cultura na "Pessoa"
No que se refere a condição humana, podemos ver o desempenho da ordem educacional da cultural. é imprescindivel. É preciso esclarecer uma coisa: entende-se como educação tanto aquela que se passa na instituição-escola como as informações que são recebidas de forma indireta na formação social da pessoa.
A identidade se constrói dentro desse contexto social, cultural. O prazer e o desprazer vão corresponder a valores intrínsecos de cada cultura como tambem determinar a identidade das pessoas e as interações com os outros.
O contrario, o ocorre com modo de atividade dos animais e das plantas que é instintivo e reprodutivo, a uma completa ausencia de valores dos animais nas suas atividades. A Biologia, a Zoologia e a Botânica afirmam cientificamente que o comportamento animal em toda sua complexidade acontece através das motivações instintivas, obedecendo a ciclos de gestação, nascimento, desenvolvimento e morte.
A partir dessa lógica, toda a questão da identidade cultural se põe em outro patamar, pois na cultura forma o que somos e não é no biológico ou hereditário que determinado a maneira de conseguir uma identidade cultural.
A formação da identidade e nossa educação são questões que quando estudadas de forma generalizada não serão capazaes de mostrar a verdade entorno do tema. Entendê-las vai exigir um estudo de questões transversais, ou seja,outros temas que não são presentes nos livros e artigos cientificos. Michel Foucault (filosófo) trabalhou de forma singular a transversalidade dos temas perifericos ao ensinar e aprender, associado-o às questões tais como a disciplina dos horarios, da higiene e controle do corpo e do poder da vigilancia em nós. E quando nos referimos a essas questões citadas, pensamos novamente no papel da educação tanto escolar como familiar. Quando por meio de gestos e palavras que vão elaborando a identidade de cada um, moldando o comportamento social.
Assim, homens e mulheres desde cedo, vivem as suas identidades de acordo com os padrões sociais impostos pelas instituições educacionais, religiosos e familiares (MARGARED MEAD, Antropologa). Uma das formas de definição desses padrões de identidade, é o estabelecimento de um amplo modelo de correto e errado no exercício das praticas sociais. Vemos nesse caso uma articulação de dominação nas dimensões sociais e relacionais, sempre em função da realização dos desejos considerados melhores ou corretos.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Peepop: 20 Maneiras Para Irritar Um Homem
Para que enlouquecer um homem, ele ja tem uma estrutura social que o leva a loucura naturalmente na vida....
sábado, 17 de abril de 2010
O AMOR É UMA CONSTRUÇÂO...É UMA DESCONSTRUÇÃO.
Não tenho plena certeza quanto a descoberta do amor na vida ser uma sentimento gostoso, do sentir-se amado ser necessariamente uma condição de ser feliz ou de ser amado e ser correspondido como algo delicioso. Por vezes, amar é um tormento,uma construção dolorosamente expecional cada vez que se ama. A reciprocidade amorosa, é unir o sim com não do outro, e isso é dificil. As pessoas comentam o contrario disso, dizem que amam tranquilos e em paz com referência as proprias experiências. Mas, percebe-se por vezes solitariamente amando e noutras pior ainda, na dualidade de ambos os envolvidos se perguntando: E agora? Embora haja outras pessoas envolvidas na relação: parentes, amigos e etc e tal coagindo para manter a relação.O amor se perde.
Quando se ama, no entender mais amplo da termo amor, os sentimentos são levados ás mais "dificeis ginásticas" existenciais.Questionamentos implacaveis sobre o objetivo da vida e outras situações embaraçosas. Vexames em publico, fica-se mais sensivel aos acontecimentos. Porque amar é também um questão social que na modernidade foi ganhando relevancia para os mais diversos setores e segmentos sociais. Já imaginou se as pessoas parecem de "cultivar" a atividade de namorar? O quanto menos ligações telefonicas haveria,mensagens de amor e cestinhas com presentes de aniversario praticamente desaparecia, saida para restaurantes, o desinteresse por novelas e outras situações que vivemos porque estamos supostamente "apaixonados". Os psicologos e especialistas estariam sozinhos em seus consultorios. Isso porque estamos refletindo sobre o amor entre duas.
Primeiro, aceitar o "amor" gera ansiedade que começa a se espalhar pela vivencia quando ele vem violentamente ( isso mesmo, violento) com força e é igual ao vento que invade um quarto e apaga a vela acesa e escancara a porta encostada. Ama-se no escuro as cegas e com o ar sem circular muito bem. Tem que ter a capacidade de sublimar e transfigurar em arte o desejo recolhido e esmoteado. Depois querer ser amado e correspondido na mesma medida quantificadora, se é que há medidas para isso, é dose...Então, já se foi meio mundo de sono perdido, porçoes gigantescas de remedios contra dor de cabeça e por ai se vai, até o sim do outro ser amado.
Menos complicado e indefinido do que caos amoroso no outro: palavras viram metaforas, assombrações se reencarnam nos gestos, pensamentos emergem sem mais nem menos...Confunde-se amor por amizade, rótulos apenas isso, amor ou humor...Já não há limites e fronteiras estabelicadas entre o eu e o outro, estamos perdidos. Álias, cada vez que amamos alguém nossos parametros sociais são refeitos.
A experiência de amar é tão subjetivaa para nós e para o mundo que vivemos, pois sem elas não saberiamos dimencionar sempre o sentido de estar vivos e a propria coletividade. Aguentar a rotina diaria e projeta-se para o futuro realizando os objetivos que queremos e que agora são importantes porque amamos.
Quando se ama, no entender mais amplo da termo amor, os sentimentos são levados ás mais "dificeis ginásticas" existenciais.Questionamentos implacaveis sobre o objetivo da vida e outras situações embaraçosas. Vexames em publico, fica-se mais sensivel aos acontecimentos. Porque amar é também um questão social que na modernidade foi ganhando relevancia para os mais diversos setores e segmentos sociais. Já imaginou se as pessoas parecem de "cultivar" a atividade de namorar? O quanto menos ligações telefonicas haveria,mensagens de amor e cestinhas com presentes de aniversario praticamente desaparecia, saida para restaurantes, o desinteresse por novelas e outras situações que vivemos porque estamos supostamente "apaixonados". Os psicologos e especialistas estariam sozinhos em seus consultorios. Isso porque estamos refletindo sobre o amor entre duas.
Primeiro, aceitar o "amor" gera ansiedade que começa a se espalhar pela vivencia quando ele vem violentamente ( isso mesmo, violento) com força e é igual ao vento que invade um quarto e apaga a vela acesa e escancara a porta encostada. Ama-se no escuro as cegas e com o ar sem circular muito bem. Tem que ter a capacidade de sublimar e transfigurar em arte o desejo recolhido e esmoteado. Depois querer ser amado e correspondido na mesma medida quantificadora, se é que há medidas para isso, é dose...Então, já se foi meio mundo de sono perdido, porçoes gigantescas de remedios contra dor de cabeça e por ai se vai, até o sim do outro ser amado.
Menos complicado e indefinido do que caos amoroso no outro: palavras viram metaforas, assombrações se reencarnam nos gestos, pensamentos emergem sem mais nem menos...Confunde-se amor por amizade, rótulos apenas isso, amor ou humor...Já não há limites e fronteiras estabelicadas entre o eu e o outro, estamos perdidos. Álias, cada vez que amamos alguém nossos parametros sociais são refeitos.
A experiência de amar é tão subjetivaa para nós e para o mundo que vivemos, pois sem elas não saberiamos dimencionar sempre o sentido de estar vivos e a propria coletividade. Aguentar a rotina diaria e projeta-se para o futuro realizando os objetivos que queremos e que agora são importantes porque amamos.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
O contexto histórico e o objeto de estudo das Ciências Sociais
PODEMOS DIZER QUE O APARECIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS FOI O RESULTADO DE PROBLEMAS PRÓPRIOS DA SOCIEDADE EM DETERMINADO MOMENTO DO CAPITALISMO: EXODO RURAL, URBANIZAÇÃO, MOVIMENTOS REIVINDICATÓRIOS, VIOLENCIA, POBREZA...PARA OS QUAIS OS SABERES JÁ INSTITUIDOS ( AS CIENCIAS, AS RELIGIOES E A FILOSOFIA) NÃO ERAM SUFICIENTES NEM ADEQUADOS PARA EXPLICA-LOS.
ENTÃO HÁ UMA RUPTURA NA FORMA DE SE PENSAR A REALIZADADE A PARTIR DA QUAL SE ABANDONA O SENSO COMUM E AS EXPLICAÇÕES QUE ATRIBUEM OS PROBLEMAS DA VIDA HUMANA À JUSTIÇA DIVINA OU À IMPERFEIÇÃO NATURAL DO HOMEM.
NAS PRIMEIRAS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA SOCIOLOGIA, OS CIENTISTAS SOCIAIS, INSPIRADOS PELAS CIÊNCIAS FÌSICAS E NATURAIS PROCURARAM ADAPTAR OS SEUS PROCEDIMENTOS DE INVESTIGAÇÃO AO ESTUDO DA REALIDADE SOCIAL. TENTARAM IDENTIFICAR OBJETOS, FENÔMENOS E ACONTECIMENTOS QUE CUMPRISSEM O PAPEL DE “ÀTOMO” DA SOCIEDADE OU ELEMENTOS PRIMORDIAIS DA SOCIOLOGIA, CAPAZES DE EXPLICAR A COMPOSIÇÃO DOS MAIS DIFERENTES TECIDOS SOCIAIS. TAL TENTATIVA DE IGUAL A METODOLOGIA DAS CIÊNCIAS NATURAIS PARA AS CIENCIAS SOCIAIS NÃO CONTRIBUIRAM PARA UMA FORMA DE GARANTIR A OBJETIVIDADE DA PESQUISA.
A FAMILIARIDADE COMO SOCIAL OU O SOCIAL COMO EXOTICO.
Os fenômenos sociais são normalmente "coisas" próximas, com as quais temos contactos freqüentes no dia-a-dia e em relação às quais já possuimos algum conhecimento (senso comum). Pense em casos como o consumo de droga, a imigração, o desemprego, a educação, a violência e etc. Vejamos com mais detalhe o exemplo da educação: um certo indivíduo já foi aluno, agora tem filhos que andam na escola, é vizinho de um Professor e cunhado de uma Contínua, passa todos os dias ao pé de duas escolas, vê notícias na TV sobre a educação, etc.
Essa familiaridade com o social pode constituir um obstáculo epistemológico caso leve a pessoa a pensar que já sabe o suficiente sobre o assunto, que as crenças do senso comum bastam e que portanto não é preciso investigar mais. O que é um erro, pois mesmo que essas crenças sejam verdadeiras é preciso investigar para aprofundar o conhecimento e saber justificar aquilo que se sabe.
domingo, 31 de janeiro de 2010
CARNAVAL À BRASILEIRA
O carnaval se tornou uma autentica manifestação da cultura no Brasil. No período
carnavalesco acontece se ouve os variados ritmos, é típico da população se divertir
no inicio do ano. Nesse periodo, os participantes se vestem com fantasias, usam máscaras e brincam durante os quatro dias. A alegria dos foliões e a imagem do próprio carnaval brasileiro estão presentes no mundo todo, o mesmo é diversidade cultural, ritmovariados e expressão em todos os cantos do Brasil.
No Nordeste encontramos as manifestações mais originais do carnaval. Tanto a
história como as condições socioculturais ajudaram a região se consagrar como
sinônimo de folia. Além dos tradicionais centros carnavalescos como Salvador, Recife e Olinda, outras cidades do Nordeste apresentam um carnaval original e genuíno.
Cada cidade possui a própria maneira de viver o carnaval, seja com os blocos,
desfiles alegóricos ou tradicionais “mela-mela.” Manter viva ou resgatar a brincadeira de rua é tarefa de cada um de nós cidadãos e politicos. Então, vista a fantasia, reuna os amigos e amigos e caiam na folia...Viva o carnaval brasileiro...
carnavalesco acontece se ouve os variados ritmos, é típico da população se divertir
no inicio do ano. Nesse periodo, os participantes se vestem com fantasias, usam máscaras e brincam durante os quatro dias. A alegria dos foliões e a imagem do próprio carnaval brasileiro estão presentes no mundo todo, o mesmo é diversidade cultural, ritmovariados e expressão em todos os cantos do Brasil.
No Nordeste encontramos as manifestações mais originais do carnaval. Tanto a
história como as condições socioculturais ajudaram a região se consagrar como
sinônimo de folia. Além dos tradicionais centros carnavalescos como Salvador, Recife e Olinda, outras cidades do Nordeste apresentam um carnaval original e genuíno.
Cada cidade possui a própria maneira de viver o carnaval, seja com os blocos,
desfiles alegóricos ou tradicionais “mela-mela.” Manter viva ou resgatar a brincadeira de rua é tarefa de cada um de nós cidadãos e politicos. Então, vista a fantasia, reuna os amigos e amigos e caiam na folia...Viva o carnaval brasileiro...
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Os banheiros:Do Locus Social para o domestico
A partir de um levantamento bibliográfico sobre a história da vida privada (VEYNE:1992) dos banhos públicos na Antiguidade, na cultura grego-romana, podemos construir uma certa genealogia do banheiro e dos seus usos na atualidade. Outras culturas tinham costumes similares nessa prática. O importante é perceber como a noção de espaço de limpeza corporal, neste caso os banhos públicos no passado, e o banheiro público masculino na atualidade, mantêm-se como elemento social de interação. No passado antigo, os banhos públicos faziam parte das inúmeras vantagens de se viver numa cidade, assim também como os espetáculos de arena, os circos e os teatros.
Devemos observar que os banhos públicos eram pagos com uma pequena quantia em dinheiro. Horas antes de sua abertura, um gongo tocava anunciando o início de seu uso. Desse anúncio formavam-se filas nas portas. A prática de ir aos banhos públicos não era feita por todos os habitantes. Os cristãos e pensadores se recusavam à ida para esses ambientes como prova de exercício da austeridade que se gabavam embora que houve admoestações dos filósofos acerca do uso correto:
“[...] Em Óstias, afrescos mostram filósofos, que se fazem chamar mestres na arte de viver, oferecendo aos clientes sentados severos conselhos gnomicosa sobre a maneira de defecar corretamente!” ( BROWN, 1995, p. 240)
Quando começaram a existir, esses estabelecimentos apresentavam modestas instalações. Com o desenvolvimento das cidades na Antiguidade acabaram sendo edifícios de banho bastante suntuosos. Cada cidade possuía um aqueduto para fornecer água das fontes às casas termais. Em alguns banhos públicos tinha-se latrina, mas isso não era uma constante nesses edifícios. Os nobres podiam possuir uma terma com várias salas arrumadas e decoradas com aquecimento em salas. Havia ambientes decorados e arrumados com afrescos e pinturas. Também os plebeus tinham condições de desfrutar de um banho público de luxo que era obra benfeitora das autoridades locais.
Outras instalações foram sendo agregadas aos banhos públicos, como ginásios e jardins. Se plebeus e nobres partilhavam do mesmo espaço, homens e mulheres ficavam isolados dentro dos banhos públicos. São datados pelos historiadores sete séculos de evolução dos banhos públicas. Como afirma Brown (1995, p.194):
Do edifício funcional ao palácio de sonhos, no qual esculturas, mosaicos, pinturas, arquiteturas suntuosas oferecem a todos o esplendor de um ambiente real.[...]o maior prazer era o de estar na multidão, gritar, encontrar pessoas, escutar conversas, saber de casos curiosos que seriam objetos de anedotas e exibir-se.
Poucas mudanças ocorrem nos séculos em relação às casas de banhos e o seu uso como locais de encontros coletivos. Porém, no século XVIII, as reformas higienistas e sanitárias nas cidades urbanas e industriais foram importantes para uma nova configuração desses espaços tanto no âmbito público como doméstico. Na casa, a sala de banho torna-se local de isolamento da pessoa dos demais membros da família e lá poderá se lavar e fazer sua higiene. Afirma Vincent ( 1995,p. 308 ):
O banheiro aparece entre a burguesia por volta de 1880: é o local mais secreto da casa onde a pessoa, liberta de seus corretivos ( cinta, espartilhos, peruca, dentadura, etc), finalmente pode-se ver, não em sua aparência social, mas totalmente despida. Momento às vezes penoso, hoje imposto a todas as classes sociais: ( O INSEE nos informa que em 1980, 80% das casas possuem uma sala de banho ou um banheiro com ducha. Talvez as pessoas usem o banheiro mais para se olhar do que para se lavar.
Devemos observar que os banhos públicos eram pagos com uma pequena quantia em dinheiro. Horas antes de sua abertura, um gongo tocava anunciando o início de seu uso. Desse anúncio formavam-se filas nas portas. A prática de ir aos banhos públicos não era feita por todos os habitantes. Os cristãos e pensadores se recusavam à ida para esses ambientes como prova de exercício da austeridade que se gabavam embora que houve admoestações dos filósofos acerca do uso correto:
“[...] Em Óstias, afrescos mostram filósofos, que se fazem chamar mestres na arte de viver, oferecendo aos clientes sentados severos conselhos gnomicosa sobre a maneira de defecar corretamente!” ( BROWN, 1995, p. 240)
Quando começaram a existir, esses estabelecimentos apresentavam modestas instalações. Com o desenvolvimento das cidades na Antiguidade acabaram sendo edifícios de banho bastante suntuosos. Cada cidade possuía um aqueduto para fornecer água das fontes às casas termais. Em alguns banhos públicos tinha-se latrina, mas isso não era uma constante nesses edifícios. Os nobres podiam possuir uma terma com várias salas arrumadas e decoradas com aquecimento em salas. Havia ambientes decorados e arrumados com afrescos e pinturas. Também os plebeus tinham condições de desfrutar de um banho público de luxo que era obra benfeitora das autoridades locais.
Outras instalações foram sendo agregadas aos banhos públicos, como ginásios e jardins. Se plebeus e nobres partilhavam do mesmo espaço, homens e mulheres ficavam isolados dentro dos banhos públicos. São datados pelos historiadores sete séculos de evolução dos banhos públicas. Como afirma Brown (1995, p.194):
Do edifício funcional ao palácio de sonhos, no qual esculturas, mosaicos, pinturas, arquiteturas suntuosas oferecem a todos o esplendor de um ambiente real.[...]o maior prazer era o de estar na multidão, gritar, encontrar pessoas, escutar conversas, saber de casos curiosos que seriam objetos de anedotas e exibir-se.
Poucas mudanças ocorrem nos séculos em relação às casas de banhos e o seu uso como locais de encontros coletivos. Porém, no século XVIII, as reformas higienistas e sanitárias nas cidades urbanas e industriais foram importantes para uma nova configuração desses espaços tanto no âmbito público como doméstico. Na casa, a sala de banho torna-se local de isolamento da pessoa dos demais membros da família e lá poderá se lavar e fazer sua higiene. Afirma Vincent ( 1995,p. 308 ):
O banheiro aparece entre a burguesia por volta de 1880: é o local mais secreto da casa onde a pessoa, liberta de seus corretivos ( cinta, espartilhos, peruca, dentadura, etc), finalmente pode-se ver, não em sua aparência social, mas totalmente despida. Momento às vezes penoso, hoje imposto a todas as classes sociais: ( O INSEE nos informa que em 1980, 80% das casas possuem uma sala de banho ou um banheiro com ducha. Talvez as pessoas usem o banheiro mais para se olhar do que para se lavar.
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