" Que estranha cena descreves e que estranhos prisioneiros. São iguais a nós. " ( Platão, República, livro VII)
Durante muito tempo os homens explicavam a realidade sem nenhum artificio ou alegoria...Diziam as coisas como elas são de fato, o real era o que viam, sentiam e percebiam. Usavam a razão (lógica e argumentativa) como única forma de entender e ordenar o mundo ao seu redor. Certo dia, um habitante que morava numa caverna veio ao mundo exterior, lugar dos homens que entendendiam a realidade. Notou que nada era alegre nas explicações desses homens do mundo.
Começou a tentar convencer os homens a irem morar com ele na caverna. Das muitas vantagens que mostrava, dizia que os mesmos estariam protegidos do sol, da chuva e das ameaças dos animais. Depois acrescentou, na caverna somente há as sombras e o que dela nos provoca alegria. Uma luz projeta no fundo as imagens e fica-se maravilhado com suas formas. Questionava a todos: Para que ver as coisas face a face ? Os homens ouviram. Uns disconcordaram e outros concordaram, não tardou e logo e chegaram a um acordo: todos o seguiram para a caverna.
Novamente, o eremita tratou de dizer que o melhor é mesmo morar na caverna, mas acorrentados para que ninguém fizessem mal uns aos outros. Assim, se passaram anos dentro da caverna sem ver a luz e as coisas reais que existiam. e novas gerações sugiram sem mais terem a real dimensão das coisas e nem o uso da razão. Observavam somente as sombras das coisas que passavam no fundo da caverna. O exercício de não ver mas a realidade como deve ser visto, os tornou ignorantes e sem a menor capacidade de se espantar com a vida.
5 comentários:
A grande maioria das pessoas insiste em viver nas sombras da ignorância e do desconforto espiritual!
Aqueles que não conseguem enfrentar os reais problemas da vida,voltam para a caverna da sua ignorância. Pois é mais cômodo do que a busca pelo real sentido da existência. Muito bom esse texto.
Alderi, 1ª série do Ensino Médio. Colégio JELM
Ótimo texto!Nos faz refletir à cerca dos desafios da realidade que a vida nos apresenta e que devem ser encarados de frente, de cabeça erguida. Pois se não fosse assim, nunca saberíamos qual era o gosto de uma vitória, de uma conquista!
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