Podemos identificar nos grafites a estigmatização de várias ordens destinadas para a prática sexual. Para Goffman(1975), a definição de estigma será dada numa relação em que são atribuídos comportamentos e expectativas que revelem a pessoa com defeito e não vista como “normal”. Assim, a pessoa estigmatizada e normal está em um comunicante processo social das condutas.
Quando as pessoas escrevem uma mensagem assumindo o seu desejo sexual, elas estão conscientes que veiculam uma linguagem, manipulada por elas e isso leva a pensarmos que o estigma está no discurso das mensagens deixadas nos banheiros. Já aqueles que respondem condenando ficam numa perspectiva de normalidade. As manifestações desses estigmas serão feitas pelas duas perspectivas segundo Goffman( 1975) entre normal /estigmatizado e estigmatizado/estigmatizado. A visibilidade do estigma nas mensagens servem para comunicar à pessoa quem possui o estigma e a transmissão dele. Fizemos os agrupamentos das mensagens por atributos que são revelados em suas maneiras de exporem pelas informações escritas.
As mensagens são inicialmente reunidas como um todo, depois classificadas de acordo com o interesse da pesquisa, isto é, pelo banheiro onde se encontrava e o Setor de aula. Agora estão organizadas no sentido de constatar a manifestação das práticas sexuais através dos estigmas que só aparecem nos discursos dos grafites sob forma de deboche, zombarias e brincadeiras. Alguns grupos são apenas constitutivos do corpo da catalogação das mensagens, sem nenhuma implicação aparente com a teoria do estigma de Goffman (1975).
Em banheiro público, podemos constatar uma porta específica, onde são colocadas as mensagens, embora existam casos de certos banheiros em que o grafite se generalizou por todo o ambiente. Isto ocorre pelo fato de a mesma cabine onde está a porta com mensagens, ser a mais utilizada pelas pessoas. No momento em que usa a cabine, a pessoa é capaz de ler as mensagens, observar os desenhos e perceber os enfoques de cada grafite.
Os diálogos através dos grafites criam uma relação com os habitués. Uma mensagem gera uma repercussão entre eles mesmos, desencadeando várias respostas com outros teores, reforçando ou acrescendo a mensagem. Percebemos a ligação de quem escreve com que lê e com quem responde. São frases anônimas, porém conhecidas e ligadas por seu poder de impacto e repercussão. A linguagem e o humor são condições primordiais de todos os grafiteiros. O poder de em poucas palavras e com uma frase gerar um tom anedótico é uma característica comum. Os desenhos são feitos a parte da mensagem, quase nenhuma mensagem tem alusão a um desenho ou símbolo que está na porta.
Os grafites com desejos eróticos quer seja as preferências “ativo ou passivo”, práticas sexuais em grupal, relações sexuais entre homens e com mulher, entre outras, intensificam os contatos e a aproximação entre os habitués atentos aquelas mensagens. Os grafites sexuais tornam-se elementos para uma sensualidade construída de um objeto alcançado pelo ler e sempre fantasiado que estabelece no costume de ir a procura de práticas sexuais.
O agrupamento e a complementaridade permeiam o grafite sexual. Algumas mensagens englobam duas possibilidades nos atos sexuais e ainda uma terceira possibilidade, ou seja, pode ter a prática sexual diferente do que até então exercia. Portanto, não podemos definir a prática sexual de modo “essencialista” e naturalista a partir das relações ativo e passivo. São gradações que engendram a sexualidade, não a prática sexual. Da mesma forma, analisamos as identidades sexuais cujo processo de vivência está ligado à pessoa ao longo de sua vida, pois o mesmo constrói e reelabora sua identidade sexual ao longo da convivência com os outros. Verificaremos nas mensagens as possibilidades de atos sexuais em grupo com homens e mulheres.
Podemos observar que as mensagens escritas usam expressões populares como meio de expor quais as pessoas preferidas para o encontro sexual. Os grafites sexuais do tipo ativo e passivo podem ser entendidos a partir do estigma de quem assume a condição de que dá (o receptor) e aquele que e´possuidor. Necessariamente, nesse grupo de grafites, não só se assume a preferência exclusiva por ser passivo e ativo na prática sexual, mas de ter uma escolha que de acordo com a forma e as circunstâncias do encontro, a própria inversão em que se inscreve a relação sexual, possa mudar o princípio do ato.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
PROTEUS
Não tenho certeza quanto a descoberta do amor na vida, do sentir-se amado ser necessariamente uma condição boa ou de ser amado e correspondido como algo delicioso. Amar é um tormento,uma construção dolorosamente expecional cada vez que amo. Casar o meu sim com não do outro é dificil. As pessoas comentam o contrario disso, dizem que amam tranquilos e em paz com referencia as proprias experiencias. Mas, percebe-se por vezes solitariamente amando e noutras pior ainda, na dualidade de ambos os envolvidos se perguntando: E agora? Embora haja outras pessoas envolvidas na relação: parentes, amigos e etc e tal coagindo para manter a relação.O amor se perde.
Quando se ama, no meu entender, os sentimentos são levados ás mais "dificeis ginásticas" existenciais.Questionamentos implacaveis sobre o objetivo da vida e outras situações embaraçosas. Vexames em publico, fica-se mais sensivel aos acontecimentos.
Primeiro, aceitar o "amor" gera ansiedade que começa a se espalhar pela vivencia quando ele invade violentamente tudo igual ao vento que invade um quarto e apaga uma vela e escancara a porta encostada. Ama-se no escuro e com o ar circulando. TEm que ter capacidade de sublimar e transfigurar em arte esse desejo recolhido. Depois querer ser amado e correspondido na mesma medida, se é que há medidas para isso. Então, já se foi meio mundo de sono perdido, doses cavalares de remedios contra dor de cabeça e por ai se vai, até o sim do outro ser amado.
Menos complicado e indefinido do que caos amoroso no outro: palavras viram metaforas, assombrações se reencarnam nos gestos, pensamentos emergem sem mais nem menos...Confunde-se amor por amizade, rótulos apenas, amor ou humor...Já não há limites e fronteiras estabelicadas. Álias, cada vez que amamos alguém nossos parametros são refeitos.
A experiencia de amar é tão especial para nós e para o mundo que vivemos, pois sem elas não saberiamos dimencionar sempre a vida coletiva. Aguentar a rotina diaria e projeta-se para o futuro realizando os objetivos que queremos e que agora são importantes porque amamos.
Quando se ama, no meu entender, os sentimentos são levados ás mais "dificeis ginásticas" existenciais.Questionamentos implacaveis sobre o objetivo da vida e outras situações embaraçosas. Vexames em publico, fica-se mais sensivel aos acontecimentos.
Primeiro, aceitar o "amor" gera ansiedade que começa a se espalhar pela vivencia quando ele invade violentamente tudo igual ao vento que invade um quarto e apaga uma vela e escancara a porta encostada. Ama-se no escuro e com o ar circulando. TEm que ter capacidade de sublimar e transfigurar em arte esse desejo recolhido. Depois querer ser amado e correspondido na mesma medida, se é que há medidas para isso. Então, já se foi meio mundo de sono perdido, doses cavalares de remedios contra dor de cabeça e por ai se vai, até o sim do outro ser amado.
Menos complicado e indefinido do que caos amoroso no outro: palavras viram metaforas, assombrações se reencarnam nos gestos, pensamentos emergem sem mais nem menos...Confunde-se amor por amizade, rótulos apenas, amor ou humor...Já não há limites e fronteiras estabelicadas. Álias, cada vez que amamos alguém nossos parametros são refeitos.
A experiencia de amar é tão especial para nós e para o mundo que vivemos, pois sem elas não saberiamos dimencionar sempre a vida coletiva. Aguentar a rotina diaria e projeta-se para o futuro realizando os objetivos que queremos e que agora são importantes porque amamos.
domingo, 4 de outubro de 2009
Coloquios
Gostaria de inicio dizer algumas palavras acerca dos coloquios que realizamos nesses IV anos de existencia. No primeiro colóquio do Colégio Equipe, havia uma certa experimentação sobre o mesmo. Ficavamos imaginando o que dizer a todos os alunos presentes: algo que pudesse atingi-los como mensagem e nada "conteudista curricular" das materias, isso não é tarefa fácil. E é exatamente neste sentido que iniciamos o colóquios.
A principio, fomos tomados por uma sensação e função de modificar a maneira de pensar e agir na sociedade. Aguardamos a cada coloquio feito...e vimos os resultados nos anos posteriores: de forma indireta os alunos perguntavam sobre o tema do proximo ou refletiam sobre questões expostas: a cidadania, a ética, saude e as mudanças sociais. Ou seja,o coloquio deixou de ser uma conferencia e passou a ser assunto diário dos nossos estudantes. Podemos está em aula, no intervalo, na hora da saída e da chegada conversando sobre nossas vidas. O importante é estarmos juntos e pensando sobre a nossa cidade. O interessante é termos um estado de espírito voltado para a amizade solidária e que busque o conhecimento que liberte-nos dos nossos problemas sociais.
Nesse pequeno relato sobre o coloquio, peço licença aos demais professores que me ajudaram a construi-los ao longo dos anos, e convidar a todos os que me leem para que sejamos filósofos, assim como foram os gregos antigos que discutiam e celebravam a vida de forma artística e dionisíaca o conhecimento, que viviam tramas e tragédias sociais mas se espelhavam sempre nas idéias de força, beleza e liberdade e transformavam suas dores e alegrias em obras de artes. Para isso tinha a função a educação e arte na Grécia antiga. Eles que desde a infância eram educados para o esplendor da vida corpórea, intelectual e artística. Assim, imitá-los para se tornar inimitável e que cada um seja um grego ao seu modo.
Nós e os gregos temos coisas em comum quando entramos na escola. Devemos nesses colóquios cultivar a arte de falar bem, de viver bem e de saborear o prazer de estarmos vivos e sem culpa, assim como viveram na Antiguidade o povo de Atenas.
A principio, fomos tomados por uma sensação e função de modificar a maneira de pensar e agir na sociedade. Aguardamos a cada coloquio feito...e vimos os resultados nos anos posteriores: de forma indireta os alunos perguntavam sobre o tema do proximo ou refletiam sobre questões expostas: a cidadania, a ética, saude e as mudanças sociais. Ou seja,o coloquio deixou de ser uma conferencia e passou a ser assunto diário dos nossos estudantes. Podemos está em aula, no intervalo, na hora da saída e da chegada conversando sobre nossas vidas. O importante é estarmos juntos e pensando sobre a nossa cidade. O interessante é termos um estado de espírito voltado para a amizade solidária e que busque o conhecimento que liberte-nos dos nossos problemas sociais.
Nesse pequeno relato sobre o coloquio, peço licença aos demais professores que me ajudaram a construi-los ao longo dos anos, e convidar a todos os que me leem para que sejamos filósofos, assim como foram os gregos antigos que discutiam e celebravam a vida de forma artística e dionisíaca o conhecimento, que viviam tramas e tragédias sociais mas se espelhavam sempre nas idéias de força, beleza e liberdade e transformavam suas dores e alegrias em obras de artes. Para isso tinha a função a educação e arte na Grécia antiga. Eles que desde a infância eram educados para o esplendor da vida corpórea, intelectual e artística. Assim, imitá-los para se tornar inimitável e que cada um seja um grego ao seu modo.
Nós e os gregos temos coisas em comum quando entramos na escola. Devemos nesses colóquios cultivar a arte de falar bem, de viver bem e de saborear o prazer de estarmos vivos e sem culpa, assim como viveram na Antiguidade o povo de Atenas.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
O ser(tão) no sentido das pesquisas sociais
Ao escrever e se falar sobre a vida nos Sertões do Brasil, e em especial sobre o sertão do Nordeste, temos sempre um exposição do senso comum acerca do mesmo. Aqui,procuro expor aspectos são coletados em uma pesquina relizada há anos atrás. Os dados nessas exposições sobre o modo de vida dos rural nordestinos buscavam conjugar imagem e produção etnografica. Assim, foram construídas ao longo do tempo imagens às vezes deturpadas do homem e da mulher na cultura sertaneja para reforçar a idéia de atraso e preconceitos. No nosso processo de observação participante aguçamos a partir das práticas de pesquisa antropológica elementos que distorcem a idéia comum, conseguimos obter nuances que destoam com esses estereótipos e revela-nos uma nova interpretação mais plausível das expressoes masculinas e femininas existentes na cultura local.
O sertão Nordestino é um importante campo de pesquisa para a análise da categoria de gênero expresso na cultura. Conversando com os moradores, observando arrumação da casa, as atividades feitas nos trabalhos e outros aspectos de forma geral, podemos constatar que existe uma demarcação de utensílios, gestos e comportamentos pertencentes a esfera do genero, assim, procuramos desenvolver uma significativa análise dos mesmos no espaço rural por um mapeamento da sociabilidade dos mesmos.
Diversas teorias sociais são produzidas a partir das pesquisas sobre gênero. Algumas podem ser agrupadas de forma simples em três eixos: A divisão de gênero surge com gênese na ordem mitológica e imaginária da formação cultural, a separação dos gêneros aparece a partir da divisão sexual do trabalho, das estruturas reguladoras da economia e política e a noção de gênero oriunda da distinção anatômica dos sexos (SCOTT). São teorias que podem se desdobrar em complementação e também em contradições. Procuramos elaborar a nossa análise de gênero no sentido relacional e de agregação do ser humano na história da sociedade local, nesse caso a comunidade de Bom Sucesso ( Santa Cruz – RN) com seus detalhes específicos.
O escrever como resultado da pesquisa nos revelou outra dimensão. O redigir um texto esta mais voltado para uma comunicação acadêmica em congresso, eventos e publicação do que para o próprio universo da pesquisa. Dar um corpo textual tanto em imagem como em etnografia para a aquilo tudo que está sendo observado e captado é uma tarefa bastante complexa. Estamos conscientes de que o que escrevemos e fotografamos é uma interpretação.
A etnografia foi realizada no sentido denso. Geertz (1978) defendemos a idéia de uma etnografia que busque a particularidade ( procuravamos os universais), não aceitando uma explicação casual, tendo em vista a influência de Weber e Semiótico no estudo dos fenômenos sociais pelo próprio Geertz. O mesmo define três características importantes para a descrição etnográfica: a condição interpretativa, o fluxo do discurso social e a própria interpretação envolvida por extinguir-se e fixa-la (uma característica microscópica).
Na análise de início tomamos a observação sobre os núcleos familiares e as relações de parentescos. A composição das famílias são numerosas, a média de filhos varia de 4 para 7, chegando a ter casas com 10 filhos. As atividades manuais são passadas de uma geração a outra como forma de manter a herança recebida. Os trabalhos constituem importantes elementos de sociabildade na faixa etária e de gênero.Um individuo bem integrado na cultura local está em constante interação com os afazeres da roça. Os mais jovens aprendem com os parentes mais velhos a trabalhar e a se agruparem enquanto homem e mulher. Ao observarmos as atividades de lazer podemos ver que as mesmas são uma dimensão constituidora do sentido relacional do gênero.
Em suas relações sociais para a produção econômica, os moradores de Bom Sucesso revelavam o sentido e as relações entre homem e mulher bem como entre eles próprios ao designar o trabalho doméstico e diário. Podemos afirmar pela pesquisa feita a partir da etnografia e a captação de imagens fixas que as ocupações obedecem aos modelos não tão rígidos quanto poderíamos pensar. Dois casos relatados pelos moradores acerca de uma mulher que fazia o pastoreio do gado e de uma menina que criava pássaros ficaram explícitos.
A caça de animais silvestre e a criação de pássaros estão associadas a um processo de sociabilidade de meninos e adolescentes. È típico observá-los andando pelos quintais e estradas com suas gaiolas nas mãos como mostra a fotografia. Em suas conversas observamos o valor de ter capturado um determinado tipo de pássaro. A Captura e o abate deles por baladeira é um valor que pode estar ligado a ascensão de ser homem. Ficou difícil de registrar esse momento pois o horário em que ocorria era diferente do momento da pesquisa.
A maternidade é um elemento que agregamos a condição de ser mulher quer seja na condição familiar ou num amamentar porcos recém nascidos como mostra a fotografia. A senhora da foto relata que a porca deu cria a muitos filhos e por isso não é capaz de amamentar sozinha. Assim, ela prepara o leite que dá aos filhotes da porca. Nota-se que os animais de pequeno porte estão sobre o domínio das mulheres. A criação e o cuidado com alimentação e água de aves, porcos e até cabritos estão na responsabilidade das mulheres.
O sertão Nordestino é um importante campo de pesquisa para a análise da categoria de gênero expresso na cultura. Conversando com os moradores, observando arrumação da casa, as atividades feitas nos trabalhos e outros aspectos de forma geral, podemos constatar que existe uma demarcação de utensílios, gestos e comportamentos pertencentes a esfera do genero, assim, procuramos desenvolver uma significativa análise dos mesmos no espaço rural por um mapeamento da sociabilidade dos mesmos.
Diversas teorias sociais são produzidas a partir das pesquisas sobre gênero. Algumas podem ser agrupadas de forma simples em três eixos: A divisão de gênero surge com gênese na ordem mitológica e imaginária da formação cultural, a separação dos gêneros aparece a partir da divisão sexual do trabalho, das estruturas reguladoras da economia e política e a noção de gênero oriunda da distinção anatômica dos sexos (SCOTT). São teorias que podem se desdobrar em complementação e também em contradições. Procuramos elaborar a nossa análise de gênero no sentido relacional e de agregação do ser humano na história da sociedade local, nesse caso a comunidade de Bom Sucesso ( Santa Cruz – RN) com seus detalhes específicos.
O escrever como resultado da pesquisa nos revelou outra dimensão. O redigir um texto esta mais voltado para uma comunicação acadêmica em congresso, eventos e publicação do que para o próprio universo da pesquisa. Dar um corpo textual tanto em imagem como em etnografia para a aquilo tudo que está sendo observado e captado é uma tarefa bastante complexa. Estamos conscientes de que o que escrevemos e fotografamos é uma interpretação.
A etnografia foi realizada no sentido denso. Geertz (1978) defendemos a idéia de uma etnografia que busque a particularidade ( procuravamos os universais), não aceitando uma explicação casual, tendo em vista a influência de Weber e Semiótico no estudo dos fenômenos sociais pelo próprio Geertz. O mesmo define três características importantes para a descrição etnográfica: a condição interpretativa, o fluxo do discurso social e a própria interpretação envolvida por extinguir-se e fixa-la (uma característica microscópica).
Na análise de início tomamos a observação sobre os núcleos familiares e as relações de parentescos. A composição das famílias são numerosas, a média de filhos varia de 4 para 7, chegando a ter casas com 10 filhos. As atividades manuais são passadas de uma geração a outra como forma de manter a herança recebida. Os trabalhos constituem importantes elementos de sociabildade na faixa etária e de gênero.Um individuo bem integrado na cultura local está em constante interação com os afazeres da roça. Os mais jovens aprendem com os parentes mais velhos a trabalhar e a se agruparem enquanto homem e mulher. Ao observarmos as atividades de lazer podemos ver que as mesmas são uma dimensão constituidora do sentido relacional do gênero.
Em suas relações sociais para a produção econômica, os moradores de Bom Sucesso revelavam o sentido e as relações entre homem e mulher bem como entre eles próprios ao designar o trabalho doméstico e diário. Podemos afirmar pela pesquisa feita a partir da etnografia e a captação de imagens fixas que as ocupações obedecem aos modelos não tão rígidos quanto poderíamos pensar. Dois casos relatados pelos moradores acerca de uma mulher que fazia o pastoreio do gado e de uma menina que criava pássaros ficaram explícitos.
A caça de animais silvestre e a criação de pássaros estão associadas a um processo de sociabilidade de meninos e adolescentes. È típico observá-los andando pelos quintais e estradas com suas gaiolas nas mãos como mostra a fotografia. Em suas conversas observamos o valor de ter capturado um determinado tipo de pássaro. A Captura e o abate deles por baladeira é um valor que pode estar ligado a ascensão de ser homem. Ficou difícil de registrar esse momento pois o horário em que ocorria era diferente do momento da pesquisa.
A maternidade é um elemento que agregamos a condição de ser mulher quer seja na condição familiar ou num amamentar porcos recém nascidos como mostra a fotografia. A senhora da foto relata que a porca deu cria a muitos filhos e por isso não é capaz de amamentar sozinha. Assim, ela prepara o leite que dá aos filhotes da porca. Nota-se que os animais de pequeno porte estão sobre o domínio das mulheres. A criação e o cuidado com alimentação e água de aves, porcos e até cabritos estão na responsabilidade das mulheres.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
REVERBERAÇÕES
Não sei por qual motivo, mas tive a vontade de escrever. Já fazia tempo que isso não acontecia,a semana teve isso, um instálo em poucos instantes enquanto assistia ao filme: Jornada da Alma e as cenas em que vi a personagem Sabina escrevendo seu diário e também Jung em suas cartas para Freud, me tocaram e relembraram o velho e bom costume que tinha esquecido.
Do mesmo modo memorável e desprecupado que me chegou as mãos o livro de Nietzsche: “Assim falou Zaratrusta” , folheando e lendo passagens a esmo, lembrei-me dos momentos que escrevia poemas soltos...o certo é que a semana foi amolecendo o coração que do peito migrou para as mãos e os dedos escorrem os sentimentos e as palavras se forma em existencia.
Ou ontem e hoje, estou num estado pensativo. Um tanto triste, talvez reflexivo, se é que tristeza nos faz pensar em algo. Possivelmente sensível e até com vontade de chorar...os motivos não sei ao certo, só somatizo que tenho isso. Razões sentimentais, não necessariamente nessa ordem.
Estou tentando descrever imprecisos sentimentos que me acompanham há dias e quiça semanas. Busco cristaliza-lo nas palavras, pela palavra liberta-los, mas eles me invadem sem pedir licença, se é que algo pede educadamente a permissão para entrar ou temos o poder de selecionar a que queremos sentir. Desejo se escreve, já sentimentos formam-se e se estruturam. Quero separá-lo da minha existencia e ficar observando-os a uma mínima distancia e na sutileza de olha-los como o fazem os cientistas com seus objetos, adora-los. Então isso já foram palavras e tempo suficientes para demonstrar que o assunto é sério, e ao mesmo tempo sentimental. E é assim, devagarzinho e com astúcia que vou até o ultimo momento em que sou abandonado pelos sentimentos.
Do mesmo modo memorável e desprecupado que me chegou as mãos o livro de Nietzsche: “Assim falou Zaratrusta” , folheando e lendo passagens a esmo, lembrei-me dos momentos que escrevia poemas soltos...o certo é que a semana foi amolecendo o coração que do peito migrou para as mãos e os dedos escorrem os sentimentos e as palavras se forma em existencia.
Ou ontem e hoje, estou num estado pensativo. Um tanto triste, talvez reflexivo, se é que tristeza nos faz pensar em algo. Possivelmente sensível e até com vontade de chorar...os motivos não sei ao certo, só somatizo que tenho isso. Razões sentimentais, não necessariamente nessa ordem.
Estou tentando descrever imprecisos sentimentos que me acompanham há dias e quiça semanas. Busco cristaliza-lo nas palavras, pela palavra liberta-los, mas eles me invadem sem pedir licença, se é que algo pede educadamente a permissão para entrar ou temos o poder de selecionar a que queremos sentir. Desejo se escreve, já sentimentos formam-se e se estruturam. Quero separá-lo da minha existencia e ficar observando-os a uma mínima distancia e na sutileza de olha-los como o fazem os cientistas com seus objetos, adora-los. Então isso já foram palavras e tempo suficientes para demonstrar que o assunto é sério, e ao mesmo tempo sentimental. E é assim, devagarzinho e com astúcia que vou até o ultimo momento em que sou abandonado pelos sentimentos.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
A gosto
Já pediram a mim emprestado várias coisas: dinheiro, livros, Cds, filmes, camisas e etc e tal. Nunca pude imaginar que o espaço de um blog fosse pedido emprestado. E isso aconteceu...Então, como bom samaritano que sou emprestei.Houve uma época que pedia os livros dos outros para poder ler e escrever o que sentia e pensava. Depois disso, escrevia com o dono das palavras no papel. Doei esse espaço para Ozaias, o verdadeiro dono dessas palavras que seguem. A razão para isso é que além de ser uma pessoa talentoso e que precisa ser valorizada, ele e as palavras dele podem emprestarem aos outros oportunidades de si pensarem e sentirem, respectivamente nessa ordem.
"A - gosto"
Dizem que agosto é o mês do desgosto
Mas que gosto tem o desabor?
Ora, se é desabor não tem sabor.
O não-sabor não seria uma forma de sabor desqualificado pela maioria dos paladares?
Convicções, certezas e verdades...
É assim que as pessoas fazem quando saímos do padrão geral; o paradigma, como dizem os letrados.
Vira tudo um desgosto; uma bagunça de emoções.
"A - gosto"
Dizem que agosto é o mês do desgosto
Mas que gosto tem o desabor?
Ora, se é desabor não tem sabor.
O não-sabor não seria uma forma de sabor desqualificado pela maioria dos paladares?
Convicções, certezas e verdades...
É assim que as pessoas fazem quando saímos do padrão geral; o paradigma, como dizem os letrados.
Vira tudo um desgosto; uma bagunça de emoções.
domingo, 30 de agosto de 2009
TÓPICOS SOBRE A TEORIA DE VYGOTSKY
A teoria em Vygotsky para se entender o processo de ensino-aprendizagem, tem como ponto de partida, a explicação de que especifico do ser humano, a sua consciência, é a base para adquirir o saber. A partir dai, o estudo e a pesquisa dele está voltado para o social no desenvolvimento humano, no qual é denominado pelo autor como funções "psicológicas superiores". É em cima da base biológica (descatar toda a teoria genetica e hereditaria como fonte de saber) e no funcionamento psicológico que Vygotsky forma "a teoria luria". É necessário lembrar que a obra de Vygotsky é essencialmente uma obra inacabada (devido a sua morte prematura), mas é uma teoria completa em si e bem-elaborada no sentido pedagogico. As idéias e hipóteses do mesmo continuam sendo desenvolvidas e ampliadas atualmente, podemos citar Wersth, divulgador das teses de Vygotsky no Ocidente.
Ao mediar pelos instrumentos e símbolos desenvolvidos culturalmente, o ser humano cria formas de ação que o distinguem de outros animais. Sendo assim, a compreensão do desenvolvimento subjetivo não pode ser buscada em propriedades naturais do sistema nervoso, mas na interação do homem com o meio.
As funções mentais são organizadas a partir da ação de diversos elementos que atuam de forma articulada, cada um desempenhando um papel naquilo que se contribui como sistema diferente nas mentes.
Enquanto sujeito de conhecimento,(EPISTEMICO) o homem não tem acesso direito aos objetos, mas acesso mediado (FEITO ATRAVES DOS RECORTES DO REAL OPERADOS PELOS SISTEMAS SIMBÓLICOS DE QUE DSPÕE)
A mediação, em Vygotsky, inclui dois aspectos: refere-se ao processo de representação mental e a idéia de sistemas simbólicos que se interpõe entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Esses aspectos são complementares.
Ao mediar pelos instrumentos e símbolos desenvolvidos culturalmente, o ser humano cria formas de ação que o distinguem de outros animais. Sendo assim, a compreensão do desenvolvimento subjetivo não pode ser buscada em propriedades naturais do sistema nervoso, mas na interação do homem com o meio.
As funções mentais são organizadas a partir da ação de diversos elementos que atuam de forma articulada, cada um desempenhando um papel naquilo que se contribui como sistema diferente nas mentes.
Enquanto sujeito de conhecimento,(EPISTEMICO) o homem não tem acesso direito aos objetos, mas acesso mediado (FEITO ATRAVES DOS RECORTES DO REAL OPERADOS PELOS SISTEMAS SIMBÓLICOS DE QUE DSPÕE)
A mediação, em Vygotsky, inclui dois aspectos: refere-se ao processo de representação mental e a idéia de sistemas simbólicos que se interpõe entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Esses aspectos são complementares.
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