quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O filhinho de papai

O casarão com o sobrenome da família se destacava dos demais na rua antiga. A pintura da frente estava desgastada, era agradável vê-lo, onde vivia uma família. O filho era estudioso e comportado, teve uma juventude igual a qualquer rapaz. No futuro, ele poderia  ter um emprego público, quiça uma carreira brilhante.  A mãe, dona de casa e esposa presente em todos os momentos, agora era uma viúva e o chefe da casa estava falecido, Coube ao filho ser o responsável pela casa, ou seja, a entrada e saída do dinheiro...
Após o velório, julgava as despesas desnecessárias e foi fazendo cortes. Os exageros deveriam ser contidos. Com o tempo foram aparecendo as dívidas e eram tantas que quando tapava um buraco, outro aparecia. A economia estava ruim e por consequência, a sociedade .O pai era um viciado em apostas e  jogador de cartas, isso lhe fez contrair as dividas. Além de ter uma irresponsabilidade com gastos.
Agora, o filho  trabalhava dobrado e se esforçava para ter um dinheiro extra. Sentindo-se afogado com as tarefas e os compromissos parecia carregar a honra de "seu pai Sérgio." Nada lhe aliviava o peso, nem em sonhos que eram sempre intranquilos. A insonia lhe visitava em certas noites. Não tinha tempo para os amigos, namoros ou divertimentos, embora que sua mãe lhe incentivasse a isso, O único divertimento era ir a missa com mãe e voltar para casa de braços dados com ela. Quem sabe um dia, no futuro, tivesse uma vida melhor, pois era um filho do capitalismo.

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