As luzes piscando na árvore de mirassol, faziam seu olhar ver os visitantes que tiravam fotos por detalhes e enquadramentos. A decoração espalhada pela cidade lhe angustiava e na sua cabeça, era o período de muito cuidado, as pessoas ficavam raivosas e irritadas por qualquer motivo. Viu cenas de brigas e desentendimentos em qualquer lugar. As músicas saindo das lojas era outro motivo contraditório ao que se vivia na véspera de natal. Encostado no carro, tentava amenizar o calor com água, mas queria beber algo para se esquecer. Não aparecia nenhum passageiro.
Está livre ? perguntou o homem de cara séria e forte. Sim, estou - respondeu abrindo a porta do carro. Vamos ao aeroporto. Emendou sem demora e entrou logo no carro. O motorista puxou conversa: Está quente nesses dias. O homem ficou indiferente a ele olhando pela janela do carro. Só depois de um tempo falou : Sou militar e já atuei em lugares mais quente do que aqui. O senhor é pai - Perguntou o motorista que ainda insistia em ter um dialogo com o passageiro. Sim. - respondeu com uma voz grossa o militar. Em seguida falou o motorista: E que hoje, vespera do nascimento do menino deus. Estou trabalhando para conseguir dinheiro para pagar o velório do meu filho. O militar suspirou frio e falou: Um dia a morte vem para quem estiver vivo. Sou evangélico e não ligo para isso. Estou salvo. Assim como o motorista tinha vontade de beber, tinha vontade de falar.
Fazia uma semana que o filho havia morrido e ele não conseguir conversar com ninguém. E é preciso conversar devagar, com calma. Mas as pessoas estão apressadas nas compras e no vai vem do fim de ano. Sentia que era preciso dizer como o filho morreu, o que disse antes de fechar os olhos. O seu enterro e a roupa que usava no sepultamento.... Mas era natal em Natal.
Está livre ? perguntou o homem de cara séria e forte. Sim, estou - respondeu abrindo a porta do carro. Vamos ao aeroporto. Emendou sem demora e entrou logo no carro. O motorista puxou conversa: Está quente nesses dias. O homem ficou indiferente a ele olhando pela janela do carro. Só depois de um tempo falou : Sou militar e já atuei em lugares mais quente do que aqui. O senhor é pai - Perguntou o motorista que ainda insistia em ter um dialogo com o passageiro. Sim. - respondeu com uma voz grossa o militar. Em seguida falou o motorista: E que hoje, vespera do nascimento do menino deus. Estou trabalhando para conseguir dinheiro para pagar o velório do meu filho. O militar suspirou frio e falou: Um dia a morte vem para quem estiver vivo. Sou evangélico e não ligo para isso. Estou salvo. Assim como o motorista tinha vontade de beber, tinha vontade de falar.
Fazia uma semana que o filho havia morrido e ele não conseguir conversar com ninguém. E é preciso conversar devagar, com calma. Mas as pessoas estão apressadas nas compras e no vai vem do fim de ano. Sentia que era preciso dizer como o filho morreu, o que disse antes de fechar os olhos. O seu enterro e a roupa que usava no sepultamento.... Mas era natal em Natal.
2 comentários:
O passageiro do taxista representa bem um grupo que se cresce hoje, com a sua pretensão, soberba, arrogância e outros atributos que impedem de enxergar o outro. Gostei do conto.
Para além do passageiro e do taxista, o momento é o terceiro elemento que colabora para a indiferença entre as pessoas, fazendo o papel inverso ao que deveria ser o cristianismo.
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